Em agosto passado, eu postei aqui no blog a respeito de um teste de uso do Ubuntu 64bits, pois bem, foram pouco mais de 8 meses com um sistema de 64bits rodando no meu desktop e a conclusão que eu cheguei foi que é uma verdadeira bobagem se preocupar em usar um sistema desses ainda que o seu processador suporte.Naquele post eu disse que a intenção era de testar apenas com o meu uso rotineiro, e assim foi. O resultado foi decepcionante de cara, já que não qualquer melhora de performance com esse feito, mas ainda assim insisti para que nunca viesse a duvidar que tinha chegado a uma conclusão precipitada.
Fazendo um comparativo entre o que vi naquela época com as minhas impressões atuais, posso deixar as seguintes afirmações:
- Bogomips – Não há melhoria alguma no processamento (o número de instruções processadas será o mesmo, qualquer que seja o seu sistema operacional);
- Java – O Java 64bits + plugin para o firefox nasceu ao longo deste tempo, permitindo que eu acessasse o meu Homebanking sem problemas então nada mais a se queixar;
- Gear – Um framework criado pela Google para permitir que algumas aplicações Web estejam sempre no cache do seu navegador, ainda não funciona em 64bits;
- Multimídia – Embora o Medibuntu tenha sido uma “mão na roda”, eu não podia assistir a vídeos em formato RMVB – aquele formato proprietário que toca no Real Player. Em arquitetura 32bits é possível reproduzir até mesmo pelo lixo do Totem que vem com o Gnome por padrão (desde que você instale os codecs apropriados).
Durante este período eu também usei o Truecrypt, VirtualBox, Apache2, PHP, Perl, Python, Samba e diversas outras ferramentas para desenvolvimento e que funcionaram muito bem, mas veja que estou me referindo a ferramentas que em geral, ou são pouco conhecida do público em geral, ou são usadas em servidores e não em desktop.
Para resumir então, a menos que você possua mais de 4BG de memória, já que este é o limite da arquitetura 32bits (desconsiderando gambiarras como o PAE que extendem um pouco este valor), não vale a pena colocar um SO 64bits.
para rodar rmvb em ubuntu 64bits basta instalar o w64codec que tem no repositorio mediabuntu https://help.ubuntu.com/community/Medibuntu.
Para mim que uso o debian versão testing e basicamente servidores o 64bits em alguns casos mostro melhora de 50% no desempenho.
Blza Willian,
Eu também uso Debian 64bits em meus 18 “pacientes em coma”, no CPD lá do trabalho e a performance deles é consideravelmetne melhor assim do que com a versão 32bits.
No caso de Destkop, como eu disse no post anterior (o que me referi neste aqui) não houve melhorias nem degradação de performance, só por este fato já é motivo suficiente para não ficar perdendo tempo com uma instalação de 64bits no Desktop.
E já que não tenho vantagem em instalar o sistema 64bits, posso aproveitar para economizar banda baixando as atualizações em apenas uma estação e usando os mesmos pacotes nas demais máquinas que sao 32bits.
Quanto ao Medibuntu, eu o conheço também – leia no post que você verá que o instalei – mas curiosamente apenas o maldito do formato rmvb não tocou.