Isso poderia ser tema daqueles sambas ou pagodes brega que costumam tocar por ai. A história é verídica e embora tenha sido algo sério, agora não passa de piada. Mas o fato é que a minha queridíssima sogra (é sério, não tenho nada contra ela) chegou feliz da vida em sua agência bancária para sacar a sua aposentadoria e após um bom tempo brigando com aquele “maquinão que dá dinheiro” (pra quem – como ela – não sabe isso se chama ATM) ela resolveu ir diretamente ao caixa e reclamar que o cartão não passava.
Foi quando a atendente deu a triste sentença:
Sinto muito, mas para nós a senhora está morta!
Embora eu não estivesse lá para presenciar esta cena tragicômica, eu imagino a minha sogra olhando para atendente e para si mesma e se perguntando:
Senhor, será que morri mesmo e estou no inferno!?
Depois de muito discutir e não resolver nada, já que a culpa era do INSS e não do banco, ela foi ao INSS onde constava que realmente ela tinha morrido algumas semanas atrás.
“- Como pode isso, meu senhor?” Bradou a minha finada sogra ao atendente. “- como posso estar morta se eu estive aqui um mês atrás para me recadastrar e esta semana eu recebi este cartão novo? Olha aqui, oh!”
Deve ter sido uma cena realmente desesperadora, mas se presenciasse a isso, francamente, não saberia se deveria rir ou chorar.
Por orientação do atendente ela foi até uma “super agência do INSS” que consegue levantar defunto a procura de uma determinada pessoa que iria trazer a sua pobre alma do purgatório novamente ao mundo dos vivos. Chegando lá a tal atendente ressuscitadora dos aposentados finados constatou que:
1 – Minha sogra não estava realmente morta, pois ela estava diante de uma servidora pública que possui fé pública para constatar e atestar esse fato;
2 – Uma pessoa homonima à minha sogra, e cuja a filiação também era homonima a de sua mãe havia falecido poucos dias atrás.
Daí a conclusão que se chegou foi que na hora de dar baixa no cadastro da verdadeira falecida, fizeram com o da minha querida sogra deixando a verdadeira defunta vagando por ai. Após alguns ENTER, cliques, telefonemas, assinaturas e impressões tudo estava resolvido. Cinco dias depois ela poderia voltar a sua agência bancária e sacar a sua aposentadoria.
Após os cinco dias passarem a ex-falecida foi ao banco e pronto. Realmente ela está viva novamente!
Seja bemvinda a vida querida sogra 🙂