Ensaio para o fim dos gigantes da Internet

O título pode soar com um tom apocaliptico mas a grande verdade é que tudo neste mundo tem princípio e fim. Até a existência de uma empresa está sob esta regra.Há anos eu tenho usado os serviços do Google cuja qualidade é quase inquestionável. Sem contar a amigabilidade, eficiência etc etc, mas… suponhamos – vamos apenas supor – que haja uma remota possibilidade do Facebook fechar as portas ou do Googgle mudar de ramo nos próximos meses. Como seria a sua relação com a Internet?

No meu ponto de vista eu tenho que a Internet atual é mantida sobre largos ombros de 4 grandes guerreiros. “Google”, “Facebook”, “Microsoft” e “Apple”. E entre estes quatro há uma imensa quantidade de soldados medianos cujo bom serviço quase nunca é reconhecido por melhor que seja os seus esforços e credito isso a nossa quase cegueira em acreditar que somente aqueles 4 tem qualidade em seus trabalhos, o que não é verdade.

Não quero aqui iniciar uma guerra santa onde estas emrpesas seriam colocadas como espíritos do mal que se apoderam dos computadores pessoais, mas a verdade é que como eu disse lá no começo tudo tende a acabar um dia, mesmo aquelas grandes empresas, mas uma coisa que me deixa muito feliz é saber que há vida segura na Internet fora do alcance daquele quarteto.

Sem Microsoft

Há anos eu abandonei o Windows e renego qualquer possibilidade de me abraçar com Apple. Hoje, mais de 13 anos depois, eu não tenho muito do que reclamar pois o meu Linux está sempre “saudável” e funcional. Claro que devido as centenas de testes e experimento que faço em algumas máquinas as vezes elas travam, algo funciona mal (ou apenas não funciona) etc, mas a máquina que mantenho para uso geral com apenas aqueles pacotes estáveis e confiáveis do repositório oficial da Canoncial permanece estável e por vários anos com a versão LTS do Ubuntu, assim como a máquina Windows de qualquer usuário zeloso, mas… com alguns benefícios que usuários do Windows não possuem e que não vou citar aqui para não me alongar.

Sem Google

Da mesma forma eu uso os serviços do Google há um bom tempo mas eu comecei o ano decidido a experimentar algo novo e deixar o Google de lado nem que fosse para efeito de teste, assim, movi praticamente todas as minhas mensagens antigas do Gmail para o Yahoo Mail, criei regras redirecionando as mensagens de um para outro e também mudei meu buscador padrão do Google para o Yahoo; junto a isso tenho minimizado o uso do Gtalk em favor do Skype e o resultado da experiência tem sido tão bom que após mais de 45 dias fazendo isso resolvi estender a experiência  por mais tempo.

Eu tinha também tinha uma fé doentia quanto ao poder da busca do Google, onde tinha certeza que ele achava tudo e os demais concorrentes deveriam mudar de ramo, mas nestas três quinzenas de uso intenso da busca do Yahoo eu não tenho nada a criticar. No começo eu estranhei um pouco a página de resultado de busca, mas de qualquer forma os resultados que eu queria estavam todos ali da forma como eu esperava que estivessem.

Sem Gmail

Me desculpe os ferrenhos defensores do Gmail. Ele é muito bom, mas a hora que você experimentar o espaço ilimitado do Yahoo Mail (o Gmail oferece apenas miseráveis 10GB) e começar a usar a busca assistida dele, você nunca mais vai dizer que a busca de mensagens do Gmail é perfeita. A única coisa que mais sinto falta no Ymail é o uso de tags. Pra mim está mais do que comprovado que o sistema de pastas é algo obsoleto e ineficiente e tenho a ferrenha certeza que o dia que todos os sistemas passarem a trabalhar com tags ao invés de pastas, o gerenciamento de informações passará a ser muito mais amigável.

Sem Google Talk

Me livrar do Google Talk é um pouco mais complicado. Ao contrário do buscador que é de uso individual e do sistema de e-mails que segue um protocolo padronizado e usado por todos os sistemas, cada sistema de comunicação instantânea usa um protocolo diferente, assim não tem como você simplesmente encerrar a sua conta no Gtalk, por exemplo e começar a  usar o comunicador XYZ sem antes convencer seus amigos a fazerem o mesmo, do contrário você estará lá sozinho, isolado e sem poder se comunicar com ninguém. Uma tática é estar sempre online no seu novo comunicador e só abrir o Gtalk eventualmente para dizer aos seus amigos que você está online no outro comunicador. Com o passar do tempo eles acabarão mudando de comunicador (ou te abandonando 😉 ).

Sem Facebook … hum… eh….

Largar o Facebook é tão – ou mais – complicado quanto largar o Google Talk. Esta é a rede social que mais cresce no mundo então de que adianta você mudar para uma rede de relacionamento diferente e que por melhor que seja você não terá seus amigos por perto? A tática para incentivar seus amigos a mudarem de comunicador também é válida aqui, mas certamente será muito mais complicado.

A ideia das redes de relacionamento é que você possa compartilhar sua vida com aquelas pessoas mais chegadas. Embora alguns compartilhem toda a sua vida com milhares de pessoas que nunca viram na vida, se o seu núcleo de amigos não estiverem ali para poderem ver a foto da ninhada que sua cachorrinha pariu hoje de manhã, ou ler o seu status denunciando o seu estado de humor, ela não terá graça e nem finalidade. É preciso estar na rede social onde seus amigos estão e convence-los a mudar os obrigará a convencer os deles também – o que nem sempre eles estarão dispostos a fazer.

Eu já me inscrevi em praticamente todas as grandes redes de relacionamento existentes: Linked In, Gazaa, Badoo, Orkut, Twitter, Facebook, Myspace e uma infinidade de outras mais e daí constatei o que descrevi acima. Como resultado fechei todas as contas deixando apenas as contas do Facebook e do G+. Mas ainda cogito a hipótese de encerrar o Facebook, o que ainda não o fiz por dois motivos: consideração a meia dúzia de colegas que estão lá entre as centenas de pessoas que me adicionam sem nunca ter nem me dito um “oi” e porque se fizer isso só vai me sobrar o G+ e ai caio denovo no Google (G+).

Sem google Plus

Encerrar o Google Plus é outro problema, pois como ainda não estou decidido a me afastar totalmente do Google e o G+ é mais do que uma rede social. é um integrador dos serviços Google, ao fazê-lo eu deverei estar certo de que quero abandonar definitivamente os serviços do Google e atualmente fazer isso é deixar de ter uma possibilidade de escolha de celular, afinal de contas o sistema operacional para plataforma móvel que mais cresce atualmente é o Android, do Google; seguido pelo IOS, da Apple e pelo Windows Phone, da Microsoft. Ou seja, no que tange a comunicação móvel estamos – ao menos temporariamente – de mãos atadas.

Sem as mãos, sem lenço e sem documentos

Talvez daqui há alguns anos mais o sistema da Mozilla se consolide como alternativa viável ao Android, IOS e Windows nos dando uma alternativa diferenciada do “quarteto fantástico” da Internet, mas por hora não. Então ao que parece os nossos paralhos de celular e tablets é quem ditarão quais sistemas devermos usar.

De qualquer forma, embora não seja possível abandonar totalmente os 4 gigantes é possível viver sim dependendo menos deles a cada dia, ou na pior das hipóteses, escolher um campeão e abraça-lo de vez usando exclusivamente os seus serviços em detrimento dos demais. Você trocará 4, por apenas 1, mas ai é pagar para ver, pois se este um cair, você vai junto e poderá se arrepender de ter escolhido mal.

Um comentário em “Ensaio para o fim dos gigantes da Internet”

  1. Oi,

    Achei interessante o relato de sua experiência, acho que se for o mesmo processo acho dificil me adaptar ao utilizar o yahoo como buscador, já ouvi dizer que a experiência de uso no yahoo com o idioma norte-americano é espetacular, mas ainda não fiz o teste.

    Quando ao serviço de email venho utilizando bastante o da minha hospedagem mesmo, to achando muito interessante o uso dele. Agora os chats e redes sociais gtalk e complicado de ficar longe devido aos contatos que utilizam ele (diga-se de passagem não vão larga-lo só por causa de um experimento).

    []’s

    []’s

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